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Mecânicos de olho na capacitação
01/06/2012 16:15
Acima das expectativas. Essa foi o resultado do ciclo de palestras do Projeto Atualizar, realizado dentro da terceira edição da Automec Pesados & Comerciais, no espaço da Revista O Mecânico. Essa foi a conclusão dos próprios mecânicos que participaram das apresentações. Desde o primeiro dia de feira, eram muitos os interessados em se atualizar e crescer profissionalmente e mesmo os que vieram de longe aprovaram a programação.
O mecânico com 14 anos de experiência, Adeguimar Fernandes Lima, da Climatech Auto Center, veio de Campo Grande/MS acompanhar a Automec e participou das três palestras promovidas. "Todas foram boas, sem exceção", elogia. Ele ressaltou a importância de se manter atualizado em um mercado competitivo e que vem mudando muito com relação às tecnologias, mas lamenta a dificuldade de encontrar informação técnica no estado onde mora. "Sofro muito, porque lá não tem palestras. Por isso, não posso perder as edições da Automec". É a segunda vez que Adeguimar participa do Atualizar e pretende não perder nenhuma edição do projeto daqui para frente. Já os irmãos Rondinelli Luiz Felipe e Robert Ferreira Felipe, que atuam juntos no ramo de reparação de veículos pesados em São Paulo, são participantes cativos do projeto. Os mecânicos assistiram à palestra da Gates sobre características e instalação de correias. "A palestra foi muito boa, pudemos tirar várias dúvidas. Os mecânicos que não estão aqui estão perdendo", avisa Rondinelli, que credita boa parte de seu sucesso ao estímulo à atualização do setor que a Revista O Mecânico promove. "Quando o mecânico se atualiza, vai saber fazer a aplicação certa, vai saber reduzir custo, tudo isso você tem que pensar para o cliente. Por estas e outras palestras que eu tive no Atualizar, eu me sinto mais preparado para atender. O trabalho fica, vamos dizer, mais técnico, isso graças ao Atualizar", conta.
Direto de Concórdia/SC, o instrutor de mecânica, Eloir Pramio, que trabalha na Fundação Adolpho Bósio de Educação no Transporte (Fabet), veio à São Paulo só para a Automec. "Com a palestra dá pra tirar várias dúvidas do dia a dia", afirma. Sobre a necessidade do mecânico se atualizar, ele diz: "É preciso se atualizar muito, o mercado está evoluindo muito e está até difícil de acompanhar. Não podemos nos deixar levar pela cultura de deixar tudo pra última hora. Tem que dividir o tempo em 50% trabalho e 50% treinamento, não tem outra forma. Nós, mecânicos, estamos atrasados".
O projeto contou mais uma vez com o apoio de três empresas renomadas do segmento: Elring Klinger, Gates e Tecfil, que levaram seus técnicos para fornecer dicas e informações valiosas, voltadas exclusivamente para mecânicos e outros profissionais da reparação. A estrutura do projeto é montada no espaço da Revista O Mecânico dentro do Pavilhão do Anhembi, em São Paulo, e acomoda dois auditórios, com capacidade para 25 participantes cada um. Foram ministradas palestras gratuitas, simultaneamente, durante todo o dia, com duração média de 30 minutos cada. Todos os participantes ganharam certificados e um ano de assinatura grátis da Revista O Mecânico, além de concorrerem a prêmios e brindes.
Elring Das OriginalEvolução das juntas automotivas
O palestrante Matheus Michelon, assistente técnico da Elring Klinger, iniciou a apresentação dando um panorama sobre produtos fabricados pela marca e sobre o institucional da empresa. Na sequência, entrou no assunto mais técnico sobre o desenvolvimento das juntas de cabeçote, reforçando a evolução dos motores e das juntas, que mudaram radicalmente nos últimos anos para acompanhar esta evolução. De acordo com Matheus, a tecnologia das juntas atuais foi modernizada para atender o mercado de forma adequada. "Os motores estão ficando cada vez mais leves, econômicos e menos poluentes. Com isso, as tensões internas aumentam, necessitando de materiais de qualidade que suportem as novas tensões de pressão e temperatura para melhor vedação", explica. Foram abordados os diferentes minérios que compõem as juntas lançadas pela Elring. "Para os propulsores mais antigos utilizamos a conhecida junta soft. Em veículos bicombustíveis aplicamos juntas de material metálico com multicamadas. Já os motores diesel da linha eletrônica contam com componentes feitos de metal borracha. São juntas metálicas com vedação de borracha nas passagens de água e óleo", detalha. A espessura das juntas de veículos da linha pesada foi outro tópico discutido. Outro assunto em questão foi o novo sistema de injeção de uréia (Arla 32), sobre o seu funcionamento, o motivo de sua adoção e sua importância na redução de emissão de poluentes para veículos da linha pesada.
O técnico reforçou durante a palestra a importância da troca do parafuso de cabeçote ao abrir o conjunto. "A junta não trabalha sozinha, precisa da força aplicada pelo parafuso de cabeçote. Por isso é preciso o aperto exato no parafuso para se atingir a vedação certa do motor", observa.
Garantir segurança e confiança para o mecânico que compra os produtos da marca foi o foco da palestra. "Queremos mostrar que as juntas Elring possuem a mesma qualidade que as juntas fornecidas pelas montadoras e implantadas nos veículos comercializados no mercado", finaliza.
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